29 de junho de 2011

A questão da correia...

Olá a todos!

Nos últimos dias recebi diversos comentários e muitos e-mails sobre a questão da correia de transmissão do Citycom 300i e a pergunta foi quase sempre a mesma: afinal, quando deve ser trocada?
Já que o manual desenvolvido pela Dafra não é muito claro a respeito, pois dá a entender que a troca deve ser feita aos 6000 km, resolvi investigar e descobri o seguinte: na Europa e nos EUA a tabela de manutenção da SYM indica que a correia deve ser verificada e ajustada aos 6000km (ou 6 meses) e substituída aos 12000km (ou 1 ano), como se lê no item 12 da tabela da página 38 (clique aqui para baixar o manual).
Dito isso, comparei página por página o manual do Citycom 300i italiano com o do Citycom 300i brasileiro e percebi que são idênticos em tudo, inclusive nas recomendações quanto à troca de óleo. A única diferença está na tal correia...
De posse do manual do velho continente fui até a concessionária onde comprei meu Citycom e questionei o fato de a Dafra recomendar a troca já aos 6000km, visto que em outros scooters isso só ocorre por volta dos 15000km. Daí a surpresa: a pessoa com que falei (e que pediu para que não citasse o nome) me disse que houve um erro no manual e que realmente a correia deve ser verificada e ajustada na revisão dos 6000km e trocada impreterivelmete com 12000km.
Inclusive - sempre de acordo com a minha fonte - a Dafra encaminhou às suas concessionárias uma "errata" informando as oficinas que a troca da correia não deve ser feita na revisão dos 6000km, mas tudo indica que a maioria das lojas desconsiderou o aviso.
Para tirar a história a limpo fui um pouco além:  fui em outra loja Dafra aqui em Goiânia (sempre da rede Renauto Motos) e me confirmaram essa informação. Também liguem numa concessionária de Brasília (da qual prefiro não citar o nome), pedi para falar com um mecânico da oficina, me identifiquei como cliente e perguntei se sabia alguma coisa sobre a tal troca da correia. Resposta: a troca é feita aos 12000km e a inspeção aos 6000.
Portanto meus queridos colegas proprietários de Citycom, ao levar seu scooter na concessionária para a famigerada revisão de 6000km digam claramente que não querem a substituição da correia, mas apenas seu ajuste e inspeção como indicado no manual da SYM.
E fiquem tranquilos, vocês não perderão a garantia.


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Obrigado pela leitura! Até a próxima!
(favesi@gmail.com)

13 de junho de 2011

6 meses, 4700km: um balanço

Olá a todos!

No final de outubro de 2010 comprei meu Citycom e hoje, depois de quase seis meses e 4700 kms rodados com muito prazer e orgulho, estive me perguntando: e ái, valeu mesmo a pena? O Citycom atendeu às minhas espectativas? E a Dafra?
Então resolvi publicar as conclusões às quais cheguei...

Sobre o Citycom 300i
Quem acompanha meu blog há algum tempo sabe bem o que acho desse scooter: muito confortável, extremamente prático, design dos mais bonitos, painel completo e de fácil leitura, motor adequado ao porte, bom acabamento, e muito... muito chamativo mesmo.
Ao longo desses seis meses ele aguentou firme: carenagens ainda brilhantes, plásticos pretos em ótimo estado, nenhuma parte em policarbonato “amarelou” (como costuma acontecer com o Future da falecida Sundown).
Únicas observações: surgiu um leve ruído de vibração que vem da base do para-brisa e o descanso central ficou um pouco duro de acionar (o que deve se resolver com uma boa engraxada na revisão dos 6000km).
O que amadureceu em mim nesse período foi uma reflexão quanto ao tipo de veículo e o púbico a que ele se destina: para quem busca 100% praticidade e encara a moto como um meio de transporte que proporcione agilidade e economia o Citycom é simplesmente perfeito, pois é a resposta mais viável atualmente no mercado ao grande problema da mobilidade urbana. Já para quem busca diversão ao pilotar o Citycom se torna um tanto monótono, já que não tem a graça de decidir quando e como trocar de marcha, “esticar” mais ao sair de um semáforo ou dar aquela reduzida antes de entrar numa curva fechada. Ele é previsível: você sabe sempre e exatamente como ele irá a sair numa arrancada, qual será a rotação a determinada velocidade, como o motor irá se comportar ao frear, etc.
Se, por um lado, isso tira um pouco o prazer de pilotar, por outro detona o stress do trânsito e aumenta o conforto (assim como em camionetes e carros automáticos).
O automático CVT irá até ser “interessante” nos primeiros quilómetros para aqueles que não o conhecem, mas com o tempo decepcionará os puristas das motos “à velha maneira”.
É impossível para mim não comparar o Citycom à minha velha Falcon, aliás pensando nos dois veículos frente a frente diria que o Citycom é 90% praticidade e 10% diversão, já a Falcon foi 100% diversão...
Aqui em Goiânia não achei necessário fazer o seguro, pois ao contrário de Fazer, CB300, XRE300 & Cia. o Citycom não é visado para roubo, já que não é “bom de mercado” por aqui. Sei que isso me daria certa canseira na hora de revender, mas como isso não está nos meus planos não vejo problema nenhum.

Sobre a Dafra
Falem o que quiserem, mas Dafra para mim é sinônimo de bom atendimento, competência, gentileza e rapidez. Sei que muitos proprietários de motos Dafra não concordam comigo, mas digo isso pautado na minha experiência.
Desde o dia em que retirei o Citycom na concessionária Renauto Motos da Av. Rio Verde em Aparecida de Goiânia sempre fui muito bem atendido, mesmo antes de criar esse blog. A esse respeito quero contar uma coisinha que aconteceu na semana passada: fui lá sem qualquer aviso prévio para trocar o óleo do scooter. Não só fizeram a troca do óleo, mas aproveitaram para dar uma geral, verificaram desgaste das pastilhas de freio, caixa de direção, pressão dos pneus e outros detalhezinhos e me devolveram o scooter em cerca de uma hora. Custo? R$ 29,00 (2L de óleo Shell Advance)... e só.
E aí, qual concessionária “de grife” faz uma coisa dessas? Nos anos em que fui cliente Honda 0km cada ida à concessionária para revisão era acompanhada pontualmente com alguma dor de cabeça, até para a substituição de uma arruela era cobrada a mão de obra.
Repito o que já escrevi inúmeras vezes: nota 1000 à galera da Renauto Motos de Aparecida, cujo profissionalismo deveria ser seguido pelas demais lojas da rede Dafra em todo o País.
Nesse blog relatei experiências negativas de alguns leitores, mas sempre que a matriz foi chamada os problemas foram solucionados, o que demonstra claramente que o maior problema da rede Dafra é a picaretagem e a má fé de alguns revendedores. Por isso, pesquisem bem antes de comprar.
Quanto ao custo das revisões, não sei se existe uma tabela praticada pela Dafra ou se cada loja está livre para definir seus preços. Aqui em Goiânia o custo é mais que razoável: a revisão mais cara até o momento me custou R$ 89,00 (60,00 da mão de obra + 29,00 de 2L de óleo Shell Advance). Sinceramente, não acho caro.

E por enquanto é só.

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Obrigado pela leitura! Até a próxima!
(favesi@gmail.com)



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1 de junho de 2011

O Citycom 300i na estrada

Olá a todos!
Nessa postagem irei finalmente responder aos inúmeros leitores que, em diversas ocasiões, me perguntaram como o Citycom se comporta na estrada.

No sábado passado resolvemos dar um passeio com a família, mas surgiu um pequeno problema: não caberia todomundo no carro. O que fazer então? Foi aí que o “Trovão Azul” entrou em cena. Propus ao meu pai – coroa enxutão de 65 anos, 1,87m e 73kg – de deixar mulheres e crianças viajar de carro enquanto eu e ele pegaríamos o scooter... e ele topou.

No trajeto de cerca de 100km pude constatar ótimos dotes estradeiros do Citycom e alguns inconvenientes.

Conforto

Posição de dirigir, assento, e baixo nível de ruídos mecânicos são os pontos fortes: nem eu nem o meu pai tivemos qualquer problema em encontrar a posição ideal (com destaque para o conforto do garupa).
A partir dos 100km/h o ar desviado pelo para-brisa atinge a parte superior do capacete do piloto gerando um barulho aerodinâmico muito chato que se transforma na desagradável trilha sonora da viagem. Admito que meu capacete não é dos melhores, mas acredito que uns 10cm amais na altura do para-brisa resolveriam isso.
Num breve trecho em obras sem asfalto a dureza da suspensão dianteira se fez presente com tudo, dando respostas secas que fazem o piloto se assustar. Isso não chega a ser propriamente um defeito, pois é comum a todos os scooters que já pilotei, de toda forma é importante saber disso para não ficar com aquele medo do possante desmontar ao passar em buracos mais acentuados. Já a suspensão traseira (ajustada na posição mais macia) aguentou bem o garupa e não teve problema algum.

Desempenho

Só alegria, considerando que se trata de um maxi scooter de 300cc e 168kg. Consegui manter velocidades sempre superiores aos 100km/h, sendo 120km/h na maior parte do tempo e com piques de 140km/h nas descidas (dados do velocímetro) e 105/110km/h nas subidas.
As ultrapassagens não representaram problemas e o scooter seguiu reto sem ondulações perigosas ou reações inesperadas.
Louvável o comportamento dos freios, que não apresentaram nenhum sinal de perda de eficiência após o uso prolongado.

Consumo

Não fiz medições precisas, mas na viagem o marcador de combustível caiu de apenas duas medidas, o que me pareceu bom e condizente com as condições de uso.

Comentário do garupa

“Quando é que vamos viajar de novo?”...


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(favesi@gmail.com)



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