4 de agosto de 2012

Sampa...


Que me desculpem os paulistanos – sei que muitos não aprovam os versos do Caetano sobre a metrópole brasileira – mas não encontrei um título mais significativo para essa postagem...
Nada do que escreverei a seguir está ligado ao Citycom, portanto se é isso que você, querido leitor, está procurando, pode parar por aqui e ir curtir o fim de semana (achei legal esclarecer isso desde já...rsrs).

A razão dessa postagem é apenas agradecer a cidade de São Paulo por ter me acolhido tão bem nas minhas recentes viagens até lá. Estive em “Sampa” a trabalho duas vezes, respectivamente nos meses de julho e julho, pois a instituição onde trabalho me presenteou com dois preciosíssimos treinamentos ministrados no SENAC – SP por sumos mestres da Adobe, os quais colocaram a mim e ao resto da turma a par das inúmeras novidades dos aplicativos relativos à produção gráfica e de web sites.

Foram duas semanas muito intensas e, embora tivesse feito planos e mais planos de lugares que queria conhecer, mal tive tempo de visitar os cartões postais daquela imensa e caótica cidade. Mesmo assim, privilegiado pela localização estratégica do hotel Íbis da Av. Paulista, pude dar umas voltas na “night paulistana” e constatar alguns fatos interessantes que me impressionaram. O primeiro deles é que efetivamente São Paulo não para nunca: sempre há alguém na rua, sempre há carros e motos rodando, sempre há movimento (ao contrário de Goiânia que, certa hora da noite, se torna uma cidade-fantasma).

Outra coisa que me intrigou foi o hábito dos motociclistas de passar pelos corredores entre os carros buzinando continuamente. Um simpático taxista me explicou, como já imaginava, que eles fazem isso para anunciar sua passagem e evitar de serem fechados por motoristas que resolvam mudar de faixa improvisamente. Fato é que estranha trilha sonora do trânsito paulistano me fez lembrar das irritantes vuvuzelas que assombravam locutores, comentaristas esportivos e até nós espectadores na copa do mundo de 2010. Fazer o que? Entendo que se trata de uma questão de vida ou morte, um mal necessário – como diz a música do Ney Matogrosso –.

Grata surpresa dessas minhas jornadas paulistanas foi descobrir que o pessoal de lá – pelo menos os que tive o prazer de conhecer – não são nada  parecidos com o que se diz deles por aqui. Me explico: sempre me ilustraram o paulistano como uma pessoa fria, que não dá valor à amizade e aos relacionamentos interpessoais, justificando essa postura com a impossibilidade de se criarem laços desse tipo numa metrópole com 12 milhões de habitantes.
Pois é, isso definitivamente não é verdade! Os “profs” Paulinho e Leon, os colegas do Senac SP, os pedestres que me deram informações na rua, os garçons que me atenderam em restaurantes e bares, os policiais militares, os recepcionistas do hotel Íbis, o pessoal do metrô, as moças dos caixas dos supermercados, os seguranças dos shoppings Paulista, Bourbon e West Plaza, os taxistas, em fim, todos foram extremamente gentis, prestativos, disponíveis e companheiros. Confesso, aliás, que me identifiquei muito com essa gente...

Também fiquei fascinado com o clima e a majestade da Avenida Paulista. “Tudo bem Fabrizio, isso é normal!” devem estar pensando. Mas não é simples assim: a Avenida Paulista me conquistou intimamente; me senti parte dela como se sempre tivesse vivido lá. Os edifícios, as largas calçadas, as lojas, as galerias, aquela fantástica livraria Cultura no Conjunto Nacional, o prédio da Gazeta, as pequenas construções - vestígios de outros tempos -, o Trianon, o MASP...
Por não falar do inesquecível beirute que comi no Frevo da rua Augusta e da simpatia sincera do garçom que me atendeu.

Há muito mais coisas sobre as quais gostaria de falar (os teatros, a cultura que se respira, a vida frenética...), mas não quero aborrecer os seguidores deste blog aos quais, aliás, peço desculpas pela digressão.

“E scooter Fabrizio? Você não fai falar nada sobre scooters? Sobre o Citycom? Sobre o quanto eles são comuns em São Paulo?”

Não. Hoje não.
Esta postagem é para Sampa.





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Até a próxima!
(favesi@gmail.com)