21 de novembro de 2012

Duas velinhas e quase 12000: como anda a saúde do meu Citycom



Olá a todos!

Em outubro passado o meu Citycom completou 2 aninhos de vida ao longo dos quais compartilhamos a beleza de 11.714 km juntos...  E a revisão dos 12.000 se aproxima.
De dois meses pra cá a rotina de trabalho do scooter se fez bastante intensa, pois devido a uma feliz coincidência de horários eu e a minha esposa passamos a nos revezar no uso: ela vai ao trabalho de manhã e eu de tarde, totalizando cerca de 35 km por dia.

Já havia lido diversas reportagens e relatos sobre alguns Citycom que ultrapassaram a barreira dos 10.000 km e todos haviam me deixado bastante tranquilo. Por outro lado, vistos os problemas pelos quais alguns proprietários passaram, estava curioso de saber como o meu scooter teria chegado à fatídica marca dos 12mil. Aqui está um breve relato das condições atuais.


Aparência

Não fosse o arranhão na lateral traseira direita – devido ao tombo que levei em abril – as carenagens se mantiveram com aparência muito boa. A cor azul ainda está brilhante e não apresentou desbotamento ou manchas. As partes em preto brilhante também estão bem, apresentando apenas pequenos arranhados devidos ao uso diário, mas que desaparecem com uma boa polida.
Quanto aos plásticos pretos não pintados, começaram a perder um pouco de cor em alguns pontos, mas o tratamento com produtos automotivos específicos resolveu tudo e voltaram novinhos em pouco tempo.
As áreas em policarbonato e transparentes em geral (painel, bolha, lanternas) estão bem conservadas e não apresentam aquele amarelado que caracterizou alguns scooters e motonetas no passado. Vale ressaltar  que a bolha está com alguns pequenos arranhados devidos ao uso (pedras, linhas de pipa com cerol, etc.), mas nada que prejudique a visibilidade.
O que mais me irrita é que perdi uma das tampinhas redondas que cobrem os parafusos  de fixação da base de apoio dos pés do piloto e não encontro nada parecido em lugar algum (nem mesmo nas lojas Dafra...).
O escapamento também preservou sua boa aparência e está apenas com alguns arranhões deixados por uma passagem malsucedida pelo portão eletrônico da minha residência.
Por baixo da moto, o descanso central demonstrou ter pintura frágil e muito fina, pois está quase completamente descascado (e enferrujado), mas o pessoal da C&D já me disse que em ocasião da revisão providenciarão uma repintura que o deixará mais resistente.
A pintura de molas, rodas, pinças de freios e motor aguentou bem o uso e o revestimento do banco não sofreu rasgos nem perda de rigidez da espuma.


Pneus, Rodas e Suspensões

Dentro da norma, os pneus estão bastante desgastados. O dianteiro ainda está um pouco melhor, já o traseiro precisa ser trocado o mais rápido possível, pois estou sentindo a traseira instável na chuva e ao passar em trechos de asfalto sujo.
Talvez por conta dos buracos da região, o pneu traseiro sofreu deslocamento, o que faz a direção trepidar ao soltar o guidão a qualquer velocidade desde os 40 km/h.
Quanto às suspensões, essa era talvez a incógnita que mais me deixava apreensivo: como se comportariam o sistema de suspensão e as rodas em solo tupiniquim? Bom, tirando o problema de vazamento de óleo da dianteira (ocorrido e resolvido em outubro de 2011), as suspensões nunca mais me deram dor de cabeça: apesar das condições lastimáveis do asfalto-de-açúcar oferecido pelo nosso ilustre prefeito de Aparecida de Goiânia, nunca tive de desempenar rodas ou consertar/trocar molas e amortecedores, bastando apenas os check-ups previstos nas revisões.
Lembro-me que os primeiros quilômetros que rodei quando peguei o Citycom me deixaram bastante preocupado por causa das respostas secas das suspensões e das batidas de fim-de-curso ao passar por buracos mais fundos, mas ao final não passava de uma impressão, pois o acerto feito pela Dafra ao trazer o Citycom pra cá se revelou eficiente.


Motor e Transmissão

Nenhuma surpresa veio do motor: após um bom amaciamento ganhou um pouco em desempenho e o consumo de gasolina se manteve sempre entre os 24/26 km/l. O nível de ruído não parece ter mudado sensivelmente e, embora nunca tenha desmontado para conferir, aparência viscosidade do óleo retirado nas trocas (realizadas a cada 1500 km) apontam baixa carbonização e um bom estado de saúde geral, sem qualquer vazamento.
Apenas duas as intervenções necessárias: uma com cerca de 10.000km quando, ao retornar de um passeio na estrada, o bico injetor entupiu fazendo com que o motor não segurasse a marcha-lenta: foi preciso proceder com a limpeza do bico e a regulagem da rotação, trabalho que o pessoal da C&D realizou rapidamente e com competência; outra recentemente (11.200 km), sempre ao retornar de um longo passeio na estrada, quando a borracha de vedação de um dos parafusos da parte inferior do motor cedeu e deixou vazar um pouco de óleo (bastou substituir a vedação).
Quanto à transmissão, é perceptível a necessidade de manutenção e, eventualmente, a substituição da correia e dos rolos do variador CVT: ao sair com força ouço um ruído – curto e baixo - que parece um assovio grave (provavelmente a correia “cantando”) e o scooter trepida um pouco. De qualquer forma, tudo bate com o previsto pela tabela de manutenção da SYM/Dafra.
Aproveitarei para montar o kit CVT Multivar 2000 da Malossi e a correia Mitsuboshi V-Belt que comprei na Itália pelo E-bay.


Parte Elétrica

Absolutamente nada a relatar: a bateria não deu nem dá qualquer sinal de perda de eficiência, nunca queimou uma lâmpada sequer e nunca tive problemas com o interruptor ou motor de partida. Nesse aspecto o Citycom merece elogios!


Freios

Os discos ainda estão com espessura dentro dos padrões, já as pastilhas sofrem o peso do Citycom e precisam ser trocadas com certa frequência: em quase 12.000 km já troquei três vezes as traseiras e duas vezes as dianteiras.



Em suma, o “Trovão Azul” chegou aos 12mil esbanjando saúde. Mais uma razão que não me faz arrepender nem um pouco da escolha que fiz há dois anos, quando apostei num produto novo de uma marca nova.
Uma curiosidade: é inegável o prazer que sinto quando um amigo ou um colega de trabalho solta frases do tipo “essa motinha sua é boa né? Nunca vi te deixar na mão... Que marca que é mesmo?”...



Nos próximos dias colocarei umas fotos para completar a postagem...



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Até a próxima!
(favesi@gmail.com)