4 de janeiro de 2012

Scooterlândia

Olá a todos!

Antes de tudo quero me desculpar com os fiéis seguidores do meu blog pela ausência, mas aproveitei as férias para ir visitar a família e passar o Natal na minha amada Itália (mais amada ainda agora sem Berlusconi! :-)

É ressabido que por lá os scooters, em todas as suas variedades de modelos e motores, são os reis incontestados das ruas e estradas da “grande bota”, afinal foi lá que nasceu a mãe de todos os scooter: a Vespa (aliás, não deveria se “o” vespa, já que é um scooter?).

Muito tempo livre e muito pouco para fazer é a mistura ideal para quem, como eu, gosta de ficar refletindo sobre as coisas mais diversas (...e às vezes inúteis) o que, convenhamos, ajuda a manter a cabeça ativa. Então fiquei pensando: qual é a dos brasileiros? Pra que tanta dificuldade em aceitar um meio de transporte tão prático? Que raio de motivo leva uma pessoa a preferir uma motinha (ou pior motoneta) 125/150 a um scooter de mesma cilindrada vistas as indiscutíveis vantagens do segundo em termos de conforto e praticidade?

Manutenção? Com certeza não, pois se houvesse maior difusão de scooters também apareceriam peças a granel no mercado dos paralelos ou “genéricos” (como acontece hoje com CGs, YBRs, etc.).

Preço? Creio que não, afinal um Lead não é mais caro que uma Biz ou Fan, assim como um Burgman 125 não é mais caro que uma Yes, um Smart 125 não custa mais que uma Speed e um Citycom 300i não é tão mais caro que uma Fazer ou uma CB300.

Falta de acessórios e “tuning”? Jamais! Dêem uma voltinha nas ruas italianas e verão a incrivel quantidade de scooters com escapes, motores, transmissão e carenagens amplamente modificadas (grandes nomes do “tuning motociclístico” como Polini, Malossi, Leovince, ecc. são de lá).

Preconceito? Em parte sim, pois scooter ainda é visto como “moto de mulher” (aliás, me permitam dizer que o povo brasileiro em geral é um dos mais preconceituosos do mundo...).

Ruas esburacadas? Muito provavelmente sim. Motos “puras” como GC &Cia. fazem sucesso pois são indiscutivelmente “peladas”, isto é, com pouquíssimas carenagens e outras peças plásticas que podem se quebrar ou rachar por causa das inaceitáveis condições do asfalto brasileiro. Mas esse problema não é só dos scooters: como já escrevi em outra postagem tive uma Biz retirada 0km na concessionária em 2001 e depois de pouco mais de um ano as carenagens estavam fazendo um barulho danado pois quase todas as presilhas se quebraram.

Agora, se alguém tiver mais alguma ideia dos motivos, por favor deixe seu comentário...

Fato é que aqui no Brasil scooter ainda é tido como “coisa de quem quer aparecer”, “motinha de madame”, “coisa de boiola”, “moto de tiozão que não sabe passar marcha”, e por aí vai.
Sinceramente, tirando talvez o “tiozão” não me encaixo em nenhuma das outras descrições, mas mesmo assim curto demais meu Citycom...

Só pra concluir, aí vai uma sequência de fotos tiradas pelas ruas de Roma para aqueles que ainda duvidam da veridicidade do que escrevo.








Desejo a todos um 2012 repleto de conquistas, felicidade e saúde!

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Até a próxima!

(favesi@gmail.com)