Que me desculpem os paulistanos – sei que muitos não aprovam os versos
do Caetano sobre a metrópole brasileira – mas não encontrei um título mais
significativo para essa postagem...
Nada do que escreverei a seguir está ligado ao Citycom, portanto se é
isso que você, querido leitor, está procurando, pode parar por aqui e ir curtir
o fim de semana (achei legal esclarecer isso desde já...rsrs).
A razão dessa postagem é apenas agradecer a cidade de São Paulo por
ter me acolhido tão bem nas minhas recentes viagens até lá. Estive em “Sampa” a
trabalho duas vezes, respectivamente nos meses de julho e julho, pois a
instituição onde trabalho me presenteou com dois preciosíssimos treinamentos
ministrados no SENAC – SP por sumos mestres da Adobe, os quais colocaram a mim
e ao resto da turma a par das inúmeras novidades dos aplicativos relativos à
produção gráfica e de web sites.
Foram duas semanas muito intensas e, embora tivesse feito planos e
mais planos de lugares que queria conhecer, mal tive tempo de visitar os
cartões postais daquela imensa e caótica cidade. Mesmo assim, privilegiado pela
localização estratégica do hotel Íbis da Av. Paulista, pude dar umas voltas na “night
paulistana” e constatar alguns fatos interessantes que me impressionaram. O
primeiro deles é que efetivamente São Paulo não para nunca: sempre há alguém na
rua, sempre há carros e motos rodando, sempre há movimento (ao contrário de
Goiânia que, certa hora da noite, se torna uma cidade-fantasma).
Outra coisa que me intrigou foi o hábito dos motociclistas de passar
pelos corredores entre os carros buzinando continuamente. Um simpático taxista
me explicou, como já imaginava, que eles fazem isso para anunciar sua passagem
e evitar de serem fechados por motoristas que resolvam mudar de faixa
improvisamente. Fato é que estranha trilha sonora do trânsito paulistano me fez
lembrar das irritantes vuvuzelas que assombravam locutores, comentaristas
esportivos e até nós espectadores na copa do mundo de 2010. Fazer o que?
Entendo que se trata de uma questão de vida ou morte, um mal necessário – como diz
a música do Ney Matogrosso –.
Grata surpresa dessas minhas jornadas paulistanas foi descobrir que o
pessoal de lá – pelo menos os que tive o prazer de conhecer – não são nada parecidos com o que se diz deles por aqui. Me
explico: sempre me ilustraram o paulistano como uma pessoa fria, que não dá
valor à amizade e aos relacionamentos interpessoais, justificando essa postura
com a impossibilidade de se criarem laços desse tipo numa metrópole com 12
milhões de habitantes.
Pois é, isso definitivamente não é verdade! Os “profs” Paulinho e Leon,
os colegas do Senac SP, os pedestres que me deram informações na rua, os
garçons que me atenderam em restaurantes e bares, os policiais militares, os
recepcionistas do hotel Íbis, o pessoal do metrô, as moças dos caixas dos
supermercados, os seguranças dos shoppings Paulista, Bourbon e West Plaza, os
taxistas, em fim, todos foram extremamente gentis, prestativos, disponíveis e
companheiros. Confesso, aliás, que me identifiquei muito com essa gente...
Também fiquei fascinado com o clima e a majestade da Avenida Paulista.
“Tudo bem Fabrizio, isso é normal!” devem
estar pensando. Mas não é simples assim: a Avenida Paulista me conquistou intimamente;
me senti parte dela como se sempre tivesse vivido lá. Os edifícios, as largas
calçadas, as lojas, as galerias, aquela fantástica livraria Cultura no Conjunto
Nacional, o prédio da Gazeta, as pequenas construções - vestígios de outros
tempos -, o Trianon, o MASP...
Por não falar do inesquecível beirute que comi no Frevo da rua Augusta
e da simpatia sincera do garçom que me atendeu.
Há muito mais coisas sobre as quais gostaria de falar (os teatros, a
cultura que se respira, a vida frenética...), mas não quero aborrecer os
seguidores deste blog aos quais, aliás, peço desculpas pela digressão.
“E scooter Fabrizio? Você não
fai falar nada sobre scooters? Sobre o Citycom? Sobre o quanto eles são comuns
em São Paulo?”
Não. Hoje não.
Esta postagem é para Sampa.
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Até a próxima!
(favesi@gmail.com)
3 comentários:
SP eh tudo isso e muito mais... Ficou perto do meu trabalho, pode acreditar essa doideira de sp, eh legal para alguns dias, o tempo todo estafa....
Abcs
Daniel M.
Estou totalmente de acordo com o seu texto. Moro em brasília e pretendo me mudar para lá.
Sou Paulistano ! policial civil da antissequestro , e me orgulhei ao ler sua postagem , obrigado !!!de verdade poucos entendem a frenética Paulicéia ... ps: tenho citycom tambem , sem ela perco a hora em sp..
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