Olá a todos!
Pessoal, desculpem mesmo a falta de postagens… é que o tempo anda curto MESMO!
Não que esteja sem inspiração. O que me falta é tempo para ficar na frente do computador e me dedicar a algo que não seja trabalho (ó vida... rsrsrs).
Nas últimas semanas recebi muitos e-mails e comentários com perguntas sobre minha experiência com o Citycom, então resolvi resumir aqui as perguntas mais frequentes e as respectivas respostas.
1. Seu Citycom está te dando problemas elétricos ou mecânicos?
De jeito nenhum. Desde que o comprei (estou chegando aos 6000 km) não tive nenhum tipo de problema nem mesmo com as carenagens (notoriamente um ponto fraco de scooters e cubs). Única ressalva: ao lavar o scooter no fim de semana passado notei que o garfo dianteiro estava sujo de óleo: um amigo mecânico que entende muito de moto me disse que provavelmente é um pequeno vazamento devido a uma pancada ou um buraco “daqueles”. Na revisão dos 6000 vou mandar dar uma checada nisso.
2. A manutenção do Citycom é muito cara?
Bom, comecemos dizendo que o “caro” é muito relativo. Se o termo de comparação forem CG, YBR, Speed, Yes, etc. a resposta é sim. Já em relação a CB 300, XRE 300, Fazer 250, Ténéré 250 & Cia. os custos não são tão diferentes.
Um camarada escreveu pra mim dizendo que acha um absurdo ter que trocar a correia da transmissão a cada 12.000km e gastar cerca de R$300,00. Em primeiro lugar, não sei quanto custa a correia porque ainda não troquei a minha, mas segundo o pessoal da Dafra aqui em Goiânia o preço deve girar ao redor dos R$ 230,00. Em segundo lugar, não consigo achar caro pagar R$ 230,00 a cada 12.000km, sendo que todas as motos que tive necessitavam com frequência de limpeza, regulagem, lubrificação e substituição de relação, corrente, etc. A questão é: o Kit (relação+corrente+pinhão) paralelo de uma CB300 custa cerca de R$ 150,00 e aguenta uns 8000km (com muito otimismo), ou seja, dá na mesma. Com uma pequena diferença: a correia do Citycom é original. Querem saber quanto custa em Goiânia o kit original de uma Honda CB300? Segurem aí: R$ 400,00!!! (com garantia para 10.000km). E aí, ainda acham cara a correia do Citycom?
Agora, realmente tem coisas que são mais caras, como os pneus, que por serem de uma medida “diferente” custam mais e só se encontram originais (nada de remold). Por não falar de carenagens e peças de acabamento, que além de tudo deve ser difíceis de achar pois só a Dafra as fornece. Moral da história: melhor andar com cuidado pra não cair, assim salvamos o scooter e os nossos ossos.
3. Seguro e IPVA são muito caros?
Paguei o IPVA do meu Citycom esse mês e devo admitir que tive uma grata surpresa. Por razões de privacidade não vou colocar valores aqui, quem quiser saber pode me mandar um e-mail que eu respondo. Mas esperava pagar uns R$ 650,00 e foi bem menos que isso.
Quanto ao seguro, aqui em Goiânia fica entre R$ 1.700,00 e R$ 1.900,00, dependendo do perfil do condutor.
4. Quantos km por litro está conseguindo?
Esse aqui é um assunto que costuma gerar polémica, e eu odeio isso.
Vamos lá: meu Citycom está fazendo entre 24 e 26 km/l, dependendo do trajeto que faço e da pressa que tenho; alterno entre gasolina comum e aditivada, mas não notei diferença nenhuma. A questão é que por essas bandas não temos muitas ladeiras, por isso o consumo se mantém razoável. Recebi um e-mail de um companheiro dizendo que o Citycom dele não passa dos 21 km/l, coloco aqui o que disse a ele: eu não sou magro e não costumo ir devagarinho, por isso acho estranho não conseguir mais que 21 por litro. De qualquer forma fatores como os trajetos, o estilo de pilotar, a calibragem dos pneus e o peso do piloto e um eventual passageiro podem afetar bastante o consumo, por isso temos que levar em conta tudo isso; se você não passa dos 80kg, anda devagar e sem garupa, mantém os pneus calibrados e seus trajetos são sempre planos, leve o scooter até uma oficina pois provavelmente há algo errado com o sistema de injeção e/ou com o filtro de ar.
5. Quanto pega de final seu Citycom?
Se velocidade final dissesse alguma coisa sobre o comportamento de uma moto a CG seria um foguete (e não é!). Além do mais eu uso o Citycom praticamente só na cidade, onde dificilmente passo dos 90km/h.
Mas para os maníacos da velocidade final aqui está: a velocidade máxima que eu peguei (medida no GPS) foi de 137 km/h numa reta – o velocímetro marcava cerca de 148 km/h -. Numa descida da BR153 consegui ir bem mais além (mas não posso escrever aqui porque não quero ir preso nem perder a habilitação... rsrs).
Já a arrancada de 0 a 100 km/h me parece muito boa e numa medição aproximada (com GPS mas sem instrumentos de precisão) ficou por volta dos 10 ou 11 segundos.
Nos próximos meses irei encomendar umas peças da Itália (a pátria dos scooters): um kit CVT esportivo da Polini e um escape mais aberto e bonito da Giannelli. Segundo o fornecedor com essas alterações a arrancada melhora muito (chega a 7 segundos no 0-100) e a velocidade final aumenta um pouco... O “sound” do motor é que fica uma beleza!
6. Está arrependido de ter comprado um scooter Dafra? Porque quem comprou o Laser se fud#@!
Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: Dafra não é um fabricante de motos, e sim uma montadora. A diferença? A Dafra não projeta motos, apenas monta e vende aqui projetos adquiridos por parcerias com fabricantes de outros países.
Laser é Laser (made in china), Citycom é Citycom (made in Taiwan). Laser era de um fabricante desconhecido que só Deus sabe se ainda existe. Citycom é de um colosso com mais de 60 anos de experiência chamado SYM.
Não, não estou arrependido. Como já escrevi outras vezes a Dafra nunca me deixou na mão e sempre me tratou muito bem. Mas isso depende muito da seriedade da loja.
Em ocasião das revisões e das trocas de óleo (todas rigorosamente na concessionária) fui muito bem atendido, com rapidez e extrema competência. Por isso eu sempre digo o mesmo: antes de comprar seu Citycom ou de leva-lo para a revisão, pesquise bem a loja.
7. Tô na dúvida entre Citycom e ...(Fazer, CB300, Ténéré 250, XRE 300, Lander...)
Primeiro: gosto é gosto. Eu gosto de scooter.
Segundo: são motos tão diferentes que se fosse para enumerar as características de cada uma precisaríamos de umas 50 páginas.
Terceiro: você prefere moto ou scooter? (pense bem).
Quarto: qual o uso que vai fazer da moto? (Para trabalhar no trânsito talvez o Citycom não seja a melhor opção...)
Quinto: teste, ande, olhe, pesquise, decida com a 40% cabeça e 60% de coração!
Bom, acho que não deixei nenhuma questão para trás.
Se tiverem mais perguntas é só mandar!
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Obrigado pela leitura! Até a próxima!
(favesi@gmail.com)
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