16 de julho de 2012

“Pega 100 por hora?” – Nada é melhor que uma demonstração prática...

Segunda-feira, mais uma semana de trabalho pela frente...  Confesso que ao sair de casa à tarde pensei seriamente em pegar o carro, pois minhas costas reclamavam pela noite mal dormida, mas o preço do combustível de um lado e a preguiça do trânsito do outro me convenceram a colocar o capacete e subir no Citycom.
Sai de casa como sempre faço mas, por uma razão que até agora não me explico, resolvi mudar meu caminho habitual, então  subi pela larga avenida que leva até a Rio Verde e fui pelo trajeto mais longo. Até pouco tempo atrás a av. Rio Verde em Aparecida de Goiânia era um dos meus itinerários favoritos por ser reta, longa, com pouquíssimos semáforos e pouco trafegada; hoje se tornou uma avenida movimentada, cheia de buracos e repleta de semáforos – muitos dos quais parecem estar lá com o único fim de rechear os cofres de quem os fabrica –.

Num desses semáforos, rigorosamente vermelho, um senhor num grande sedã prata olhou para o Citycom e perguntou: “Importado?”
“Quase” – disse eu – “ele é montado aqui pela Dafra, mas as peças dele vêm de fora...”
“Dafra?” – surpreendeu-se o senhor – “pensei que só fazia aquelas motinhas 125! E é boa pra andar?”
“Ah, eu gosto muito” – disse eu –  “...automática, boa proteção, confortável...”

Nesse momento um rapaz que evidentemente estava prestando atenção na conversa do alto da sua Lander 250 azul perguntou pra mim: “Pega 100 por hora?”
“Pega sim” – respondi eu – “ele é 300”
“É né...?” respondeu o sujeito com ar de desconfiança “...parece a moto da Nina”.
Abro aqui um parêntese: graças a Deus meu horário de trabalho me impede de acompanhar as devastadoras novelas das 9 que acorrentam diariamente milhões de pessoas na frente da tv, por isso na hora não entendi a comparação esdrúxula que o rapaz fez ao assemelhar o Citycom ao clone chinês de Vespa que a tal Nina da novela usa. Só algumas horas depois, me esforçando para entender o que o cara quis dizer, matei a charada e, aliás, fui atrás e descobri que a lambretinha da moça é um Lon-V Retrô 125/150.

Em fim, grilado com a atitude do rapaz virei do outro lado, cumprimentei o senhor no sedã prata e fiquei esperando os poucos segundos que faltavam para o verde com a mão no acelerador para mostrar ao cidadão desconfiado a veridicidade da minha afirmação, ciente de que ele não deixaria por menos.
Sinal verde: acelerei fundo e ele fez o mesmo. Obviamente ele ganhou os primeiros metros fazendo valer o câmbio e esticando a primeira quase até o corte de giros, só que eu não precisei trocar marcha e a aceleração do Citycom se manteve ininterrupta e constante até alcançar a Lander; então me lembrei da lombada que viria logo adiante e da pequena “brecha” que existe à esquerda dele, pela qual consegui passar sem precisar sequer triscar nos freios.

Em poucos metros consegui demonstrar ao colega centauro duas coisas: 1. Não duvide de algo que não conhece; 2. Sim, pega 100 por hora com bastante facilidade.

No semáforo seguinte, também vermelho, parei e procurei no retrovisor o brilho do farol da Lander, mas não o vi. Em compensação fui alcançado novamente pelo senhor no sedã prata que, atrás de mim, deu umas piscadas com os faróis enquanto sorria.

________________________
Até a próxima!
(favesi@gmail.com)

11 comentários:

Unknown disse...

Oi Fabrizio! Acompanho seu blog e achei interessante sua história. Acontece comigo direto. Eu tenho uma Next 250, e ando muito com o pessoal que tem Citycom. Na estrada principalmente eu custo acompanhar eles. Agora vem os "CGzeiros" querendo esticar com a minha Next e com as Citycoms. Tenha paciência né... Pelo menos o seu era uma Lander!!!

Bruno Blumetti disse...

Vejo que essas coisas são comuns em vários lugares do Brasil, mas aqui em Salvador não acontece muito(quase não acontece) da galera ficar duvidando e querendo competir...

Professor Pedro Massari disse...

Olá, Fabrizio.

Hoje descobri teu blog que, pela experiência de leituras deste tipo de publicação das quais tenho tido o total desprazer em perder meu tempo com a quantidade de baboseiras ali postadas, expondo a imaturidade de muitos usadores de motocicletas deste País, digo-te que estou plenamente feliz com o que andei lendo por ti escrito: bom português, graças ao bom Deus (professor de português sofre com o tal de internetês...), boa e clara narrativa, madura e esclarecedora.

Não sou um potencial cliente do Citycom, porque não disponho do valor, porém estou arquitetando trocar minha moto 125 (podem rir, mas gosto de motos pequenas, quando muito até o tamanho do Citycom), uma Intruder, por um (ou uma) Smart 125 da mesma Dafra, porque confio sobretudo nesta empresa que está avançando com produtos de boa qualidade, porque de boas procedências.

Mesmo se tratando de um pequeno scooter - não fazendo, portanto, parte do assunto do teu blog -, eu gosto de estradas e não tenho pressa, até porque logo estarei nos 60 outubros, então qualquer coisa com duas rodas e um motor servem para viajar - um senhor viajou muitos e muitos quilômetros numa Mobilete...

Concordo plenamente com tuas posições em relação aos scooters e às motos e de fato o conforto e a praticidade do scooter são um caso à parte.

Gostaria, se possível, que tu expusesses alguma opinião sobre o Smart, mesmo indicando outros blogs, sítios, enfim.

Passarei a acompanhar tuas belas escritas de agora em diante.

Recebe um agrande abraço do Pedro.
(Mostardas - RS)

Sérgio Aguiar disse...

E aí Fabrízio, como estão as coisas. Também sofro com a ignorância de muitos no trânsito. Basta ler meu diário lá no www.citycom.forumeiros.com que cito alguns relatos também. Digo diário pois lá criei uma sessão para que cada proprietário faça uma diário de seu citycom. A intenção é que quem entre lá tenha um arcevo maior de informações. O forum lá está bombando, estamos com quase 400 membros e mais de 4.000 postagens. Outra coisa, temos organizado passeios semanais no sábado e o pessoal sempre pergunta porquê você não aparece. Apareça. Quase todo sábado nos reunimos no posto da av. multirão entre a T-9 e a T-8, quem vem da saga em direção à T-9 fica do lado direito. Semana que vem vai haver um encontro de motociclistas em Brasília e estamos querendo organizar uma turma que vá e volte. Já temos até um nome. rs.

Anônimo disse...

eae parceiro...te mandei um email esses dias...valeu pela resposta.....gostariA de saber qto chega de final a citycom...moro em sampa como ja disse...sera q o pos venda dessa moto nao vai nos decepcionar? ela eh resistente como parece.? ate mais..valeu

Esta é a sua resposta disse...

Fabrizio, não sei se você conhece o Márcio. É um colega de citycom que já andou na casa dos 30 mil km com a dele, inclusive viajou de city pelos Andes. O cara faz isso na cara e na coragem sem o apoio nem da Dafra. Estou escrevendo isso pois ele está fazendo um sorteio de uma capa da Galeno e o valor de R$ 10,00 (dez reais) é praticamente simbólico. Dê uma força pra ele aí, estou fazendo o mesmo no meu forum, abração e acesse pra conferir http://mundodemoto.wordpress.com/sorteio/

Fabrizio disse...

@ Prof. Pedro Massari

Bom dia! Primeiramente peço desculpas pela demora em responder e quero agradecê-lo pelos elogios (é sempre bom quando o nosso trabalho é apreciado...rs).
Quanto ao scooter SMART da Dafra, o considero uma excelente escolha. Poucos sabem que o Smart nada mais é que um Suzuki Burgman 125 vendido com outra "roupagem" e outra marca: de fato, tanto o Smart quanto o Burgman 125 são fabricados pela chinesa HaoJue (quem tem longa parceria com a japonesa Suzuki)e compartilham toda a ciclística, incluindo a mecânica. Na rpática, a única diferença entre os dois está nas carenagens, cujo design, a meu ver, ficou muito mais bem resolvido na versão comercializada pela Dafra. O Burgman 125, principalmente em sua nova versão, trouxe um visual um tanto "anos 80" - principalmente na traseira quadrada - enquanto o Smart ficou com um jeitão mais moderno e harmonioso. Conheci um senhor que comprou um Smart 125 assim que foi lançado e está com ele até hoje, dizendo-se extremamente satisfeito pela compra.

Para saber mais sobre o Smart, sugiro que dê uma lida neste ótimo artigo publicado pela revista eletrônica Motonline.com.br:

http://www.motonline.com.br/dafra-smart-125/

Espero ter sido útil...
Obrigado por seguir o blog!

Anônimo disse...

So um comentario, minha citycom esta na oficina a dois mes e meio aguardando peca. Uma falta de respeito ao consumidor.

Marcelo Guerreiro Sao Paulo - Sp

Fabrizio disse...

Putz cara! Essas coisas são de matar! DOIS MESES sem moto é muito viu! Procure encher s@#$ da concessionária e se preciso entre em contato diretamente com a Dafra por e-mail.
Se quiser relatar o que aconteceu me mande um e-mail... Conforme for eu posto no blog pra ver se a gente á mais "visibilidade" ao seu caso.

Obrigado por acompanhar o blog!

Fabrizio.

Fabrizio disse...

Bom dia! Primeiramente peço desculpas pela demora em responder e quero agradecê-lo pelos elogios (é sempre bom quando o nosso trabalho é apreciado...rs).
Quanto ao scooter SMART da Dafra, o considero uma excelente escolha. Poucos sabem que o Smart nada mais é que um Suzuki Burgman 125 vendido com outra "roupagem" e outra marca: de fato, tanto o Smart quanto o Burgman 125 são fabricados pela chinesa HaoJue (quem tem longa parceria com a japonesa Suzuki)e compartilham toda a ciclística, incluindo a mecânica. Na rpática, a única diferença entre os dois está nas carenagens, cujo design, a meu ver, ficou muito mais bem resolvido na versão comercializada pela Dafra. O Burgman 125, principalmente em sua nova versão, trouxe um visual um tanto "anos 80" - principalmente na traseira quadrada - enquanto o Smart ficou com um jeitão mais moderno e harmonioso. Conheci um senhor que comprou um Smart 125 assim que foi lançado e está com ele até hoje, dizendo-se extremamente satisfeito pela compra.

Para saber mais sobre o Smart, sugiro que dê uma lida neste ótimo artigo publicado pela revista eletrônica Motonline.com.br:

http://www.motonline.com.br/dafra-smart-125/

Espero ter sido útil...
Obrigado por seguir o blog!

Anônimo disse...

Boa noite amigo.
Primeiramente parabéns pelo blog, já li-o todo e inclusive ele me deu inspiração a um tempo atrás para criar o meu blog - eueminhaapache.blogspot.com

Mas hoje venho para pedir uma explicação sobre o funcionamento do câmbio CVT.

Supomos que você saia da imobilidade e acelere todo - o giro sobe até o máximo E SE MANTÉM lá enquanto a velocidade sobe?

Se você arrancar forte e chegar a 60Km/h digamos a 7000rpm e depois parar de acelerar e estabilizar em 60Km/h o giro vai caindo?

Ao subir um morro, digamos também a 60Km/h e a moto começa a perder força, ao acelerar o giro sobe e a velocidade se mantém a 60Km/h - isso?

Este câmbio CVT é muito excêntrico em uma moto, gostaria de mais explicação. Talvez pudesse até ser um novo post, com alguns vídeos talvez...

Um abraço, continue assim!