Olá a todos!
Já faz algum tempo que não posto nenhum conto bacana né? Só problemas, coisas técnicas, etc... Pois bem, aqui está uma situação... como dizer... bizarra que me aconteceu na quarta-feira passada (1 de fevereiro) enquanto ia de uma unidade para outra da empresa onde trabalho.
18:35, céu ainda claro, ligo o Citycom e acelero suavemente para ganhar velocidade. Pouco barulho, o vento assoviando sobre o meu capacete, e lá vou eu no rumo de uma avenida de duas pistas bastante movimentada.
Vistos os casos de assaltos violentos que lotam os jornais de Goiânia e entorno nos últimos tempos, costumo andar bastante prevenido, olhando sempre o que acontece ao meu redor. Assim percebo que nos últimos duzentos metros um cara numa Fan preta anda no vácuo do meu Citycom, hora acelerando para chegar a colar no para-lama traseiro, hora freando para se afastar um pouco. A tal Fan fazia um barulho danado: o escapamento parecia estar sem “miolo”, faltava a tampa do filtro de ar e, quando o sujeito acelerava, a motinha parecia sugar todo o ar da face da terra com um uivado sinistro.
A princípio penso se tratar de um assaltante, mas depois lembro que geralmente esse pessoal anda sempre em duplas... Continuo andando, mas quanto mais tento não prestar atenção à “Fan sinistra”, mais as aceleradas do piloto me lembram da sua presença atrás de mim. A coisa continua por mais ou menos uns dois quilômetros até que chego a um semáforo vermelho: o cara sai de trás do Citycom e, com uma acelerada intimidadora, se emparelha comigo sem largar o acelerador e fazendo a pobre Fan gritar em ritmo constante (vruuum, vruuuum, vruuuuum).
Noto que o garoto não tira o olho da lateral do meu scooter, onde aparecem aqueles três números misteriosos... 3 0 0. Depois de muito olhar o cara resolve falar - “Essa Bizinha parece grande...” – e eu – “É... grande mesmo”. O sujeito, com ar de quem estava montado numa Hayabusa retruca – “Mas é 300 cilindradas mesmo?” – e eu respondo – “É o que tá escrito aí né?” – Aí o cara cutuca – “Dá umas aceleradas aí pra mim ouvir o motor” – então eu respondo – “Não dá não, o câmbio é automático. Se eu acelerar a moto anda”. O caboclo fica meio sem resposta por alguns segundos depois fala – “Então o único jeito de ver se anda é correr... né” – e eu – “Bom, acho que sim... Ou então cê pode ir na Dafra e pedir pra dar uma volta...” – Aí o cara fala irônico – “Dafra? Isso daí é Dafra? Hahaha... Num dá pra entender como é que tem gente que compra” – e eu retruco – “Porque tem gente que encheu o saco de andar de CG” –. O cara então dá uma a celerada e diz – “Tá ouvindo isso aki? É mexida tio!”.
Daí pra frente nenhuma palavra mais.
O cara continua acelerando a Fan, a qual a cada puxada “pega ar” como nunca ouvi antes. O rapaz olha pra mim... Eu pra ele... E sentia, no fundo, que quando o semáforo ficasse verde nada poderia contra aquela “sinistra Fan mexida”, pois os 300cc do motor do Citycom iriam lutar contra um peso bem maior (motorista + scooter) do que os 125cc da Fan, cujas carenagens estavam no osso (e o piloto também).
Finalmente abre-se o sinaleiro: o cara sai com tudo, empina a moto, esgoela primeira e segunda até o corte de giros e, obviamente, me deixa para trás mas... quando o Citycom pega o embalo e o ponteiro do velocímetro sobe rápido para xxx Km/h (desculpem não escrever a velocidade, é que não quero problemas com as autoridades... rsrs) vejo a traseira da Fanzinha ficar sempre mais próxima. Para melhorar, um providencial trecho de subida faz com que o torque do motor do Trovão Azul mostre todo seu poder diante do pequeno 125 “mexido” da Fan.
E assim o inevitável acontece: ultrapasso o Fanzeiro e sua “fera mexida” e de nada adianta ele reduzir uma... duas marchas para tentar fazer a danada subir junto com o Citycom.Terminada a subida vejo a “Fan sinistra” ganhar terreno novamente, mas já é tarde: eu cheguei primeiro no outro semáforo.
Para fugir da conversa o piloto da “Fanzinha mexida” resolve ignorar o sinal vermelho e rasga o cruzamento colocando em perigo a sua vida e a de quem, por ventura, passasse pelo local.
Bela atitude Fanzeiro! Parabéns! Ah, e se estiver lendo essa historinha amigão... Sim, o Citycom é 300 mesmo (264 pra ser exato), mas creio que se deu conta disso... E olha que o meu nem é mexido.
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Até a próxima!
(favesi@gmail.com)
11 comentários:
Haha, chupa motoboy!
Boa @Fabízio!
Um dia eles vão aprender.
Abraço!
Fabrizio boa tarde! Acho que para o rapazinho citado ler a sua crônica, primeiro, ele terá que aprender a ler!!! rsrsrss
HEHEHE, tive uma situação muito parecida com a minha ex-XRE, nem precisei usar todas as marchas para deixá-lo para trás. É por causa de uns motoqueiros assim que nós motociclistas que seguimos as leis somos também taxados de imprudentes e malfeitores. Meu sonho é ter uma harley com escapamento aberto, quando chegar um desses e ficar acelerando, eu acelero e mostro o que é um verdadeiro ronco de motor.
hahahaha...show!!!!
deviamos montar o citycom club
ia ser legal sair todos juntos
leandro
meu e-mail: leandro@dz9.com.br
Olá, Sou novo por aqui, embora este blog não tenha sido fundamental para a compra da minha city, afinal só o descobri após te-la comprado, ele me serviu bastante pra confirmar que fiz um bom negócio. Mesmo não tendo pegado a Scooter ainda, chega amanhã, 10/02/2012, conforme promessa da concessionária, estou ansioso.
Li o blog desde o início e parabéns ao Fabrizio, escreve bem e é bastante objetivo. Sou de Campinas, assim que por as mãos na minha comentarei minhas impressões. grande abç a todos.
Fabrizio, uma pergunta a vc que tinha uma fazer. Quanto a estabilidade, tem muita diferença. Ou só sente mais os buracos mesmo?
É porque uma outra opção de compra é a Tenéré, mas tenho que afirmar que eu SEMPRE gostei mais de scooter e a Ténere 250 corre por fora. Muito por fora pq prefiro a comodidade de uma automatica.
@Gilson Junior
Olá Gilson. Fazer nunca tive, eu já tive uma Falcon 400 (êta saudade!) e te digo isso:
- Citycom 300 = Conforto e praticidade
- Ténéré 250 = Diversão e facilidade de revenda.
Em ruas esburacadas ainda sinto (muita) falta da Falcon, pois o Citycom não gosta de buracos. Mas não se pode comparar: a Falcon (assim como a Ténéré) é uma enduro, nascida pra aguentar pancadas. O Citycom nasceu para o asfalto, e nele é uma maravilha.
Obrigado por seguir o blog.
Ola amigo! gostei muito do seu blog!
Náo tenho ainda uma Citycom, mas depois do que estive lendo, incluindo o que li em seu blog, acho que ja sei quem sera a sucessora da minha guerreira Burgman 125, não a duvidas que a Citycom é atualmente a melhor e mais versatil MaxxiScooter que temos hj!
Mas comentando sobre o Fanzeiro, não pude deixar de ficar pensativo quando eu li, que o fanzeiro criticou pelo fato de ser uma moto da Dafra, eu vejo que o povo brasileiro esta realmente muito alienado e pq não dizer bitolado com ideias pobres como essa...Com uma rapida pesquisa no google, você ja percebe que as Scooters da SYM, estão entre as mais vendidas na Europa, e inclusive, a SYM, é parceira da Hyundai, que hoje, é modelo de qualidade no mundo inteiro.
Parabéns pelo blog e pela visão diferenciada sobre motociclismo, pois é isso que difere os "motoqueiros" dos Motociclistas.
Eu tinha uma fan 125 e odiei, troquei por uma pop 100 que é 10 vezes melhor que a fan. Se eu pudesse compraria uma scooter dessas citycom 300
show de bola !!parabens!!
se quiser bater um papo
meu msn é:
ubirajaragarrett@hotmail.com
opa amigo olá tudo bem, legal vc tê mostrado pra esse cgzeiro que nem tudo que se vê é o que parece eu tambem tenho uma fan 125 é uma boa moto mas é burrice tentar ir contra as cilindradas a mais da cyticom se bem que eu não sou de praticar esse tipo de competição rssrsrs. Parabens pela sua moto eu tambem pretendo pegar uma dafra next 250 logo logo.
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