20 de janeiro de 2011

Citycom: opinião feminina (e não só...)


Olá a todos!

Nos últimos dias usei bastante o scooter devido a um pequeno acidente com o carro por causa do qual ficarei sem as quatro rodas até o fim do mês. Nada de grave, só uma batida em que ninguém se feriu, mas que deixou a cara do pobre Fiesta bastante amassada.
A falta do carro está obrigando o Citycom a fazer umas horas extra, o que para mim está sendo ótimo, pois me dá a oportunidade de saborear mais suas qualidades e perceber algumas coisas que poderiam ser melhoradas.

Uma das coisas mais interessantes é que a minha esposa, enfermeira de 27 anos regularmente habilitada desde 2007, pilotou o scooter em pequenos trajetos e vivenciou a experiência de garupa por deslocamentos um pouco mais longos (cerca de 20km) dentro da cidade. Então aproveitei a ocasião para colher suas opiniões, seus pontos de vista e aproveitar sua postura leiga em relação aos scooters, já que nos quase quatro anos de habilitação sempre pilotou motos – no seu curriculum tem Falcon 400, CG 150, Web 100 e uma rápida volta numa DragStar –.

A Nayana achou o Citycom 300i muito confortável e fácil de dirigir, elogiou o câmbio automático, a sensação de estabilidade, a posição reta e o conforto do assento, gostou do para brisa e conseguiu apoiar os pés no chão sem dificuldade (ela mede 1,77m... Eh, é mais alta que eu). Apreciou o espaço abundante debaixo do banco, onde “coube bolsa, roupa de trabalho, capa de chuva e ainda sobrou espaço”. Os problemas que relatou foram o peso alto que dificultou o uso do descanso central, o traseiro meio “avantajado” que requer cuidado nos estacionamentos e a falta de um “freio-de-mão” – que alguns scooters têm – que ajudaria a manter o Citycom parado em pisos com leves pendências quando se está com as mãos ocupadas e não se pode manter os freios acionados (nas motos tem freio no pé...).

Um detalhe de que ela reclamou foi aquele interruptor amarelo do sistema elétrico que fica debaixo do assento: útil contra roubos e quando se deixa a moto parada por longo tempo, chato se a gente esquecer de ligá-lo antes de sentar. Embora não seja necessário usá-lo sempre que se estaciona o scooter, a Nayana o desativou a cada parada e relatou que das quatro vezes que saiu, sempre teve que descer, ligar e subir novamente, pois sempre esquecia do tal botãozinho amarelo. De fato, por ser uma característica única aqui no Brasil precisa de um tempo para se acostumar.

Quanto ao comportamento em buracos e asfaltos danificados o relato foi positivo: “bem melhor que Web e Biz, semelhante à CG, incrivelmente inferior à Falcon”. Mas também, comparar as suspensões de um scooter com as de uma enduro como a Falcon é covardia, não acham?

O que impressionou a Nayana foi o espaço e o cuidado que a Sym reservou ao passageiro. Segundo ela é mais confortável andar atrás do que pilotar, pois o assento é macio e largo e os apoios dos pés têm espaço para ponta e calcanhar sem problema. Inclusive me lembrei que na Falcon a posição das pernas do passageiro era meio inatural, pois obrigava a dobrar demais os joelhos, enquanto no Citycom a postura é mais confortável porque as pernas ficam “como se estivesse sentado”.

Em suma, ela aprovou o Citycom.
Agora quando saímos preciso me acostumar com o pedido: “Me deixa pilotar?”.

Do meu ponto de vista de piloto transportando garupa, eis as minhas considerações: o comportamento do scooter muda tanto quanto o de uma moto (o peso aumenta, as frenagens requerem maior espaço e nas curvas é preciso mais cuidado com o comportamento do passageiro), em compensação o rendimento do motor caiu muito menos do que esperava e consegui manter boas velocidades mesmo com o “peso extra”.
Como era de se esperar o consumo sentiu um pouco a carga amais e ficou em 22,14 km/l (contra os 25/26 de quando ando sozinho).

Agora, para todos aqueles que estavam ansiosos por um relato negativo sobre o Citycom, aqui está...
Desde que comprei o scooter nunca havia percorrido caminhos mal iluminados, por isso não conseguia entender um defeito apontado por muitos donos de Citycom na Europa: a ineficiência da luz baixa.
Alguns dias atrás, porém, passei por uma rua sem qualquer ponto de luz e pude perceber que de fato os dois faróis dianteiros, embora potentes, iluminam perto demais ao ponto de comprometer a visibilidade de médio alcance e obrigando-me a acionar o feixe de luz alta. Fazendo isso a visibilidade ficou excelente, em contrapartida os carros que vinham da direção oposta ficavam “visivelmente incomodados”.
Não sei se uma eventual regulagem pode resolver o problema – irei verificar isso em ocasião da revisão dos 3000km em breve – no entanto se alguém souber como solucionar esse inconveniente convido a deixar um comentário ou mandar e-mail.



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Obrigado pela leitura! Até a próxima!
(favesi@gmail.com)



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10 comentários:

Unknown disse...

Estou pensando em comprar uma , hj tenho uma Burgmam com 30.000 km e quero uma scooter um pouco maior e com mais motor para poder fazer algumas viagens .
Parabéns pelo blog.

Anônimo disse...

Prezado Fabrizio, acompanho todos os dias seu Blog. Mais uma vez parabéns pelos relatos e esclarecimentos!
Quanto a regulagem dos faróis, acesse este link abaixo que o levará ao tópico de regulagem dos faróis da Comunidade Citycom 300 do orkut. Lá tem algumas explicações e experiências de alguns proprietários da City.
Abraços

Anônimo disse...

Amigo, desculpe-me, esqueci de colocar o link na mensagem anterior... em tempo, segue:

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=106391983&tid=5552761946276494570

Abraços

Fabrizio disse...

@ ...

Obrigado pela dica. Dei uma olhada na comunidade e realmente parece que tem como regular o farol facilmente.

Valeu! Obrigado por seguir o blog!

Daniel Mambrini disse...

Fabrizio, fico muito satisfeito com o modo que vc mantem a qualidade de cada post...Muito Bom Mesmo. 3 Perguntas:
1º conseguiu regular o Farol baixo?
2º Ai onde vc roda, não ha perigo de linha de pipa com cortante/Cerol? se Sim ja colocou o corta linha?
3º Há alguma possibilidade de vc fazer um video rodando com a city com ela? (ja vi muitos na net, mas nenhum agradou)

Abraço
Daniel Mambrini

Fabrizio disse...

@Dainel Mambrini

Fala Daniel!
Mais uma vez, obrigado pelos elogios e por acompanhar as postagens.
Olha, por onde eu passo nunca tive problemas com linhas de pipa, mas já vi muita gente usando o corta-linhas. Não sei se tem como instalar no Citycom mas a meu ver o para brisa já serve como proteção (não corta, mas desvia). Quanto à regulagem do farol baixo, ainda não fiz mas numa comunidade no Orkut tem um post em que um rapaz explica tudo direitinho e o mecânico da loja confirmou que dá pra fazer sem problemas (vou esperar a revisão dos 3000).
Sobre o vídeo, há muito tempo quero fazer isso mas não tenho ideia de como fixar a câmera pra dar um bom resultado... Prometo que vou estudar isso e ver o que consigo fazer, ok? No entanto os vídeos publicados na matéria do Motonline.com.br sobre o Citycom me parecem legais...

Abraço!

Unknown disse...

Fabrizio
Estou totalmente de acordo com o item do farol baixo
Vou postar isso no Grupo
Abs
Luis Felipe Murano

Unknown disse...

ola Fabrizio aqui quem fala dyony serra ES,retirei minha cyticon hoje.quero lhe diser que seu blog ajudou muito na escolha,as primeira impreções são otimas.moto confortavel,estavvel,freia muito anda bem acabamento nomesmo nivel de honda e yamaha.quem vai usar vai ser eu e minha esposa kenia.vamos ver se ela vai aguentar o tranco.ate agora não gostei do barulho do motor,por sinal barulhento demais quando parado em lenta.apelidei a minha de citycom celebridade,aonde eu paro as pessoas me perguntão tudo sobre a moto,estou adorando.

Marcelo Figueiral disse...

REGULAGEM DO FAROL - MANUAL
Pessoal, tem nesse site o esquema de como regular o farol. Ja fiz na minha e funciona.
Precisam de uma chave tipo estrela 10 (ideal que seja curta) e girando o parafuso você sobe ou desce o farol.

Espero que ajude.

Link: http://www.scribd.com/doc/49698540/Regulagem-do-Farol-Baixo-da-Citycom-300i

Fabrizio disse...

Valeu Marcelo!
Isso vai ajudar de mais!